Sempre acreditei que a primeira impressão é a que fica, e quando uma pessoa te olha, a primeira coisa que ela analisa é o seu estilo, depois o seu cabelo, os traços faciais, e por fim, sua história, seu caráter, o que você faz... necessariamente nesta ordem.
Estilo nada mais é do que a exposição escancarada de uma história de vida.
Nada me encanta mais do que ver uma pessoa expressando os seus "eus".
Já estávamos mais do que nos anos 2.000 e eu estava cansada de me soltar aos poucos. Viver ponderando em frente ao espelho nunca fez o meu estilo.
Foi quando me interessei por teatro, montei uma peça na escola, representamos Romeu e Julieta, comecei a perder aquela timidez típica dos 15 anos, fiz eternos amigos, que me acompanharam ao longo dos anos.
Não havia melhor maneira de me libertar. No teatro, na música e nos rabiscos que eu fazia no papel.
Eu era eu, mais do que nunca e cada vez mais.
Houve quem me rotulasse como um personagem, como ilusão.
Eu estava sendo mais real do que nunca. Eu estava sendo nada mais do que eu mesma. E eles, estavam todos uniformizados, presos na igualdade a que se incumbiam.
Despertei-me para viver uma sonho vívido. Entre anjos e os monstros que tentavam me acordar, permanecia intacta.
Posso mudar a casca, tirar as vestes, mas não perco o meu molde.
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